Alteração das regras de aposentação deve incluir educadores e professoresSubmitted by admin on Quarta, 21/09/2016 - 16:57
Alteração das regras de aposentação deve incluir educadores e professoresEstudos internacionais confirmam o especial desgaste físico e psicológico de quem trabalha no Ensino e Educação. Não pondo em causa reivindicações semelhantes de outros profissionais, o SPZC considera que esta questão não pode ser ignorada ou menorizadaO Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) não pode deixar de se pronunciar sobre as posições veiculadas na comunicação social relativamente à alteração das regras de aposentação para forças militares e militarizadas. Na verdade, é com a mais absoluta estranheza que o SPZC assiste a este debate, com exclusão dos profissionais da Educação. É reconhecido o particular desgaste físico e psicológico a que estes profissionais são sujeitos, presente em todos os estudos nacionais e internacionais, mormente da OCDE e que motivaram aliás a sua consagração em Portugal, na alínea d) do artigo 13.º do Estatuto da Carreira Docente da Região Autónoma do Açores. Inconcebivelmente esta questão continua a ser ignorada e desconsiderada, tratando de forma menor profissionais a quem é exigido uma proficiência e empenhamento diariamente escrutinado pelos mais diversos intervenientes no processo educativo. É inquestionável, e sem pôr em causa as razões que fundamentam a pretensão dos demais interessados num particular regime de reforma, que não se podem olvidar os docentes duma particular consideração da sua aposentação. A qualidade da educação depende de profissionais motivados e empenhados. Ora, a exaustão com que os docentes se confrontam com 60 e mais anos de idade – a aposentação está hoje fixada em mais de 66 anos -, não é compaginável com esse excesso de anos em serviço e idade. Não reconhecer a esses profissionais a especial penosidade da sua atividade e uma particular consideração do seu tempo de serviço e idade para usufruírem de um regime especial de aposentação é desumano e tem graves implicações no seu exercício profissional e, concomitantemente, na Educação. Urge libertar esses profissionais de uma amarra que os sufoca e os agrilhoa a um dever que não resulta da vontade, mas sim da imposição. Nenhum sistema funciona sob qualquer espada de Dâmocles e a Educação e os Docentes não são exceção. O SPZC exige a consideração especial da função docente e um regime especial de aposentação que reconheça a sua particular penosidade e o desgaste físico e psicológico. Coimbra, 21 de dezembro de 2016 Departamento de Informação e Comunicação do SPZC
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