SPZC assinala três décadas da Lei de Bases

Importa agora que sejam encontrados consensos para enfrentar os problemas dos tempos de hoje. Revela-se primordial o entendimento entre os agentes educativos para o sector, com vista a ser estabelecido um pacto duradouro sobre o essencial

Passam hoje 30 anos sobre a publicação da Lei de Bases do Sistema Educativo, Lei n.º 46/86 de 14 de outubro de 1986.

O Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) não pode deixar de assinalar esta data e manifestar a sua esperança e empenhamento no encontro de consensos que permitam encontrar para a Educação em Portugal, nestes tempos, rumos novos que valorizem a formação dos portugueses.

Vivemos nestes tempos hodiernos, outros desafios.

Mudou o Mundo, mudou a sociedade, mudaram as crianças, mudaram os professores, mudaram as tecnologias que atualmente nos acompanham e em muitos casos nos tornam delas dependentes no dia a dia; mas a Escola e a Educação permanecem ainda hoje reféns de um passado anquilosante.

É urgente compreender esta mudança e as consequências que determinou.

É urgente, por isso, repensar o que se pretende da Escola e a sua organização.

É urgente repensar a formação e o papel dos diferentes fautores do processo educativo.

É urgente repensar que competências se pretendem que os alunos adquiram no final de cada ciclo de escolaridade.

Mas, tal como há 30 anos, estas decisões não podem, hoje, ser objeto de uma visão politicamente seguidista, decorrente de uma qualquer conjuntura política.

É importante um debate aberto a toda a sociedade portuguesa e em que os principais intervenientes no processo educativo tenham um papel ativo.

As opiniões dos especialistas são importantes para estribarem fundadamente as opções que sejam consideradas consensuais entre todos os participantes, não podem é ser condicionadores das mesmas.

A construção da Educação que queremos tem de começar pelos alicerces, não pode jamais começar pelo telhado e tem de ter um grande consenso na sociedade portuguesa.

Há muito defendemos um pacto para a Educação e no presente isso revela-se de importância capital.

É tempo de nos colocarmos todos de acordo sobre o essencial.

É tempo de criarmos uma nova Educação em Portugal sem a exclusão de ninguém.

O SPZC não deixará de contribuir para este debate e espera que a transparência e envolvimento de todos os interessados permita encontrar as melhores soluções, para um caminho na Educação que faça de Portugal um país com Futuro.

Coimbra, 14 de outubro de 2016
A Comissão Permanente do SPZC