Desmandos políticos redundam em mais sacrifícios para os portuguesesSubmitted by admin on Quarta, 19/05/2010 - 16:44
Desmandos políticos redundam em mais sacrifícios para os portugueses O SPZCentro chama a atenção para a clara falta de prurido com que os governantes atribuem o ónus das suas clamorosas irresponsabilidades aos docentes e aos restantes trabalhadores em geral
O Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZCentro) lamenta a situação criada pelas sucessivas equipas ministeriais que levaram o país para a situação catastrófica que hoje vivemos. Com as mais diversas justificações, os culpados foram sempre os trabalhadores deste país em especial os funcionários públicos. É aliás com este enquadramento que mais uma vez o Governo vem apelar ao esforço de contenção na redução do défice, à custa, claro, dos sacrifícios dos portugueses. Mas há uns que são mais portugueses do que outros, porque o contributo que lhes é pedido é exponencialmente maior. São os trabalhadores em geral, funcionários públicos incluídos, e de forma particular todos os portugueses da classe média. Ora, face à situação a que chegámos, não basta identificar o problema e reconhecer a necessidade de agir. É importante que todos contribuam para a sua resolução com equidade, ou seja, na medida das suas possibilidades. É esse o comportamento ético que se exige na política e dos políticos. O SPZCentro manifesta-se profundamente indignado pelo facto de aqueles que sempre foram os mais privilegiados continuarem a manter um estatuto de favorecimento, até quando se trata de contribuir para o saneamento das contas públicas. Aliás, neste quadro de crise profunda, o SPZCentro não encontra qualquer justificação para se continuarem a manter em funcionamento serviços estéreis, como são entre outros as Direcções Regionais de Educação (DRE) e os GOVERNOS CIVIS, que são apenas sorvedouros dos escassos recursos públicos do país. No entanto, e procurando desde já justificar a sua decisão com a crise que vivemos, o ME deixou em aberto a possibilidade de no próximo ano lectivo não cumprir com o que acordou em 8 de Janeiro último relativamente à realização de concursos em 2011, o que para além de gorar a expectativa dos docentes na mobilidade, determina uma precariedade maior de todos os Educadores e Professores, que continuarão sujeitos a mecanismos de contratação. Com efeito, quando uma entidade insuspeita como o Banco de Portugal refere que a baixa qualificação dos portugueses é um dos problemas estruturais que Portugal tem de resolver, o SPZCentro entende que era importante que o Governo e o Ministério da Educação (ME) dessem sinais claros de empenhamento, investimento e de respeito pelos Educadores e Professores. E, ainda, não olhassem para eles de uma forma economicista e fazendo deles apenas uma classe contribuinte para o esforço de diminuição do défice.
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