Sistema educativo português não tem docentes a mais
SPZC opõe-se a um mecanismo encapotado de despedimento puro e duro de trabalhadores da Administração Pública. Na Educação, há parcimónia de recursos para fazer face à chaga do abandono, do insucesso e da falta de qualificações
O Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) reitera mais uma vez a sua manifesta discordância e oposição à eufemisticamente designada requalificação profissional que o Governo pretende impor.
Neste dia 23 de janeiro de 2015, em reunião com o MEC, o SPZC, no âmbito da FNE, vai insurgir-se mais uma vez contra esta medida atrabiliária, que mais não é do que a forma legalizada que o executivo pretende utilizar para o despedimento de trabalhadores da Administração Pública, in casu, Educadores e Professores.
O SPZC esteve sempre contra esta opção política. Na área da Educação, para além de ser necessário que a administração esgote todos os mecanismos previstos de procura de posto de trabalho, ela é manifestamente descabida, uma vez que não existem docentes excedentários no sistema educativo.
Na verdade, como de há muito o SPZC afirma, não há no sistema educativo docentes a mais.
O SPZC defende pois, numa ótica de sucesso educativo, que todos os docentes, mesmo que se encontrem sem componente letiva atribuída, devem ser afetados a atividades de acompanhamento que visem a superação de dificuldades de aprendizagem e de promoção de sucesso escolar.
Portugal não pode dar-se ao luxo de perder estes profissionais.
O sistema educativo e Portugal necessitam cada vez mais de cidadãos qualificados, numa estratégia clara de Aprendizagem ao Longo da Vida.
SPZC não deixará, por isso e por todos os meios, de lutar para que esta medida se não concretize.
Coimbra, 22 de janeiro de 2015
Departamento de Informação, Imagem e Comunicação