Primeiro-ministro de Portugal aposta em força no empobrecimento do paísSubmitted by editor2 on Segunda, 19/12/2011 - 16:41
Foi com verdadeira estupefacção que o Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) tomou conhecimento das declarações do primeiro-ministro relativamente à falta de emprego dos docentes e à possibilidade aventada de emigrarem para os países lusófonos. Ficou clara, desde logo, com a afirmação efectuada, a falta de estratégia deste Governo para lutar contra o desemprego dos jovens, nomeadamente na área da Educação. Numa área tão relevante para o futuro do país, onde se joga a possibilidade das gerações futuras poderem contribuir para inverter a situação caótica a que chegou Portugal, admitir-se como única saída a sua emigração é da parte de Passos Coelho admitir que o país para esses jovens deve deixar de existir enquanto futuro. A desconsideração pela qualificação obtida por muitos portugueses, nomeadamente Educadores e Professores, é tanto mais grave quando é consabido que a média da qualificação da população portuguesa está muito aquém do que seria necessário para responder aos desafios com que o país é confrontado. Por outro lado, Pedro Passos Coelho, que tem a obsessão dos cifrões, não se preocupa com o investimento que tem vindo a ser feito ao nível da formação dos professores. Afinal, esse dinheiro, maioritariamente proveniente dos impostos, pode ser desbaratado com o empurrar destes profissionais para além fronteiras. O primeiro-ministro revelou claramente que a educação é para este Governo uma despesa e que não conta com o contributo dos docentes para a ultrapassagem da crise em que o país está mergulhado. Por isso, o SPZC não pode deixar de verberar a opção manifestada pelo primeiro-ministro e lançar-lhe um repto: se todos os Educadores e Professores levassem a sua sugestão a sério e decidissem rumar a Angola e ao Brasil, quem ficaria a ganhar? Que futuro teria Portugal? Afinal, Pedro Passos Coelho, líder do XIX Governo Constitucional, ao deixar bem claro que não tem solução para os problemas do país, revela uma colossal inabilidade política. Num momento em que os mais qualificados deveriam ser aproveitados e motivados para darem o seu contributo no sentido da ultrapassagem da crise, o primeiro-ministro, sem apelo nem agravo, dispensa-os e entrega-os de mão beijada, a custo zero, a quem os quiser receber e acolher. Coimbra, 19 de Dezembro de 2011 O Departamento de Informação, Imagem e Comunicação do SPZCentro
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