Governo teima em seguir a senda da atrocidade tributária
O SPZC considera inauditas as afirmações proferidas pelo ministro das Finanças. Os trabalhadores continuam a ser bárbara e brutalmente espoliados
O Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) considera bárbara e brutal a proposta hoje anunciada pelo ministro das Finanças, relativamente aos trabalhadores portugueses.
O Governo não ouviu os Portugueses.
O Governo continua com a mesma insensibilidade, numa atrocidade tributária sem limites, sobre os rendimentos do trabalho, penalizando quer os trabalhadores da Administração Pública, pensionistas, reformados e demais trabalhadores portugueses.
Depois das manifestações dos portugueses face às medidas que se avizinhavam com as alterações à TSU, o Governo manteve uma posição com semelhantes efeitos, mudando apenas o nome e a forma de confisco dos salários dos trabalhadores.
Perante esta atitude do Governo, o SPZC expressa a sua mais absoluta perplexidade e reafirma que não é possível continuar a exigir aos mesmos que assumam a responsabilidade pelo pagamento de uma crise de que não são responsáveis. Para a sua resolução já contribuíram com estoicismo ao longo dos últimos anos, cientes da promessa política de que os sacrifícios seriam grandes, mas não seriam mais do que esses, porque eram considerados suficientes.
O SPZC não compreende o que hoje foi dito pelo ministro das Finanças e que é, em sua opinião, verdadeiramente inaudito, pois referindo o grande sucesso da política do Governo com as medidas implementadas, afirma que por esse facto os portugueses vão ser sujeitos a um enorme aumento de impostos.
É preciso ter respeito pelos portugueses. O que foi anunciado é BRUTAL.
O SPZC espera que todos sejamos capazes de assumir uma ação clara e forte de resposta a esta afronta e que o Presidente da República, que assumiu em diversas ocasiões que os limites das medidas que suportadas pelos portugueses não podiam ser ultrapassadas, revele coerência no respeito pelos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana, constitucionalmente consagrados. Cavaco Silva deverá intervir de forma a por cobro a este desmando que está a minar a confiança que deve existir entre administração e administrados e a exaurir os parcos rendimentos de todos os trabalhadores portugueses.