Centenas de profissionais da Educação tiveram oportunidade de nos últimos meses participar (...)Submitted by editor2 on Segunda, 07/12/2015 - 08:24
Stress, Voz e lesões músculo-esqueléticas “atormentam” profissionais da Educação
Centenas de profissionais da Educação tiveram oportunidade de nos últimos meses participar na Campanha da Saúde FNE, uma iniciativa que pretendeu sensibilizar os participantes para algumas questões identificadas como especialmente críticas para os profissionais da Educação: o stress, as perturbações músculo-esqueléticas e a voz.
Esta ação foi lançada na convicção de que se torna necessário que todos os atores disponham do máximo de conhecimentos indispensáveis para agirem sobre as condições de trabalho e melhorarem a proteção da saúde nos seus locais de trabalho.
Em todas as sessões, foram recolhidos questionários para se ter noção dos pré-requisitos que os participantes identificavam, para além de se tentar obter informação para ações subsequentes. Stress Em relação à área do stress, foram validados 223 questionários.
Na identificação de fatores de risco a nível profissional que podem gerar stress ficaram registados maioritariamente os seguintes: turmas grandes, elevada carga horária, as alterações permanentes na organização do sistema educativo, a incerteza profissional, a indisciplina, a burocracia, a competição, o mau relacionamento profissional, a excessiva extensão dos programas. Voz
Os questionários relativos às sessões das lesões músculo-esqueléticas revelaram que 50% dos respondentes já tiveram de faltar ao serviço na sequência deste tipo de lesões. Conferência Final da Campanha da Saúde FNE.FNE reivindica alterações no atual mapa das doenças profissionais
O Encontro realizou-se no Porto e marcou o encerramento da Campanha Nacional. FNE fez balanço das diversas sessões e divulgou caderno reivindicativo para entregar ao Governo.
O Auditório do Sindicato dos Professores da Zona Norte recebeu este sábado (5 de dezembro) a Conferência Final da Campanha da Saúde FNE/ MGEN e que marca o encerramento desta iniciativa. Durante o último ano realizaram-se diversas sessões de trabalho e informação em Portugal Continental, na Região Autónoma da Madeira e na Região Autónoma dos Açores. Centenas de profissionais tiveram oportunidade de conhecer melhor uma das realidades que afeta diretamente milhares de profissionais da educação. O stress, os problemas da voz e as lesões músculo-esqueléticas estiveram em destaque nesta campanha que, através de especialistas em cada uma das áreas divulgou informações úteis sobre sintomas, diagnóstico e tratamento. A natureza e a organização do trabalho nas escolas têm vindo a ser identificados como razões essenciais de redução da qualidade das condições de trabalho, quer para docentes, quer para não docentes. As exigências são muitas e diárias. Em Portugal, estudos recentes revelam que 30% dos docentes têm níveis elevados deburnout e 20% apresentam níveis médios. No caso dos docentes, a dimensão da sua insatisfação deve-se em grande parte à desvalorização do papel docente, que é causa e consequência de grande precariedade nas condições de trabalho de tais profissionais. Também em relação aos trabalhadores não docentes das nossas escolas têm sido identificadas cada vez mais situações de stress, em função das exigências que as novas realidades do trabalho em contexto escolar lhes provocam. No sentido de intervir junto dos profissionais e de alertar o Governo para a necessidade de criar mecanismos de proteção destes trabalhadores, a FNE lançou esta campanha nacional de esclarecimento e com o objetivo de melhorar a legislação existente, no capítulo da proteção laboral. Sete meses depois a FNE está em condições de apresentar um caderno reivindicativo que permita uma evolução positiva nos atuais mecanismos de proteção na saúde para os trabalhadores da Educação a saber:
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