SPZC põe em causa agregações de tamanho exageradoSubmitted by editor2 on Terça, 05/06/2012 - 15:21
SPZC põe em causa agregações de tamanho exagerado Razões invocadas pelo Governo são de uma demagogia gritante. As três unidades de gestão de Coimbra são o exemplo da dimensão exagerada que porá em causa a qualidade do ensino e espoletará o desemprego entre os docentes Há precisamente um mês, o Sindicato dos Professores da Zona centro (SPZC) denunciou o propósito da criação de agregações de escolas, afirmando em comunicado que sem qualquer objetivo pedagógico, a medida que o Governo de forma silenciosa e com elevado secretismo vem construindo, visa fundamentalmente reduzir o número de unidades de gestão tendo por base o número de agrupamentos existentes. Agora, somos confrontados com a publicação da lista de agregações, contendo uma primeira e uma segunda fase. Com a publicação da última lista de agregações somos confrontados com a criação de unidades organizacionais de tamanho exagerado por toda a zona centro de que são exemplo as três unidades de gestão em Coimbra: Só esta última unidade de gestão envolve 2020 alunos. Deixa-se a pergunta: nestas condições, onde ficará a eficácia, e a eficiência? É de uma demagogia gritante, a justificação do Governo de que “as agregações agora efetuadas permitem reforçar o projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas, através da articulação dos diversos níveis de ensino, do pré-escolar ao secundário (…). Facilitam o trabalho dos professores (…)” Todos sabemos que na base das agregações, muitas vezes feitas às cegas, com critérios duvidosos e nefastos efeitos na qualidade de ensino, está uma decisão política e meramente economicista que terá custos elevados na qualidade da educação e levará a um aumento do desemprego docente. E não colhe a fundamentação do Ministério da Ciência e Educação ao afirmar que este processo se baseou num amplo consenso em que, em cada caso, a maioria dos intervenientes manifestou o seu acordo. O SPZC não pode deixar de questionar esta argumentação, pois, em muitos casos, nem professores, nem autarquias estiveram de acordo com as agregações ora publicitadas. O SPZC manifesta, desde já, a sua total discordância com todo este processo enviesado de agregações, de que irão resultar unidades de gestão de tamanho exagerado cujo contributo para a melhoria da qualidade de ensino não ficou justificada e, estamos crentes, não se irá justificar. Coimbra, 05 de junho de 2012
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