País continua adiado no campo educacionalSubmitted by editor2 on Terça, 31/01/2012 - 16:02
País continua adiado no campo educacional O SPZC considera que estamos perante uma pretensa reorganização curricular. Neste momento, perde-se uma oportunidade soberana para o debate profundo sobre uma matéria de magna importância como são os curricula O Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) não pode deixar de assinalar com enorme frustração que termina hoje o tempo de debate público que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) concedeu para a pretensa reorganização curricular anunciada. Teria sido importante que esse objectivo fosse efectivamente querido pelo MEC e que tivesse ocorrido um verdadeiro debate nacional sobre o que verdadeiramente está em causa e que deveria ter por base não apenas uma mera reorganização curricular mas um profundo debate sobre o currículo. Não foi isso o que o MEC fez e por isso é com uma enorme decepção que o SPZCentro constata que se perdeu mais uma oportunidade de encontrar no currículo, meios não só para promover outras aprendizagens como para melhorar as já dele constantes. E nem o facto de no próximo ano o MEC se ir confrontar com uma escolaridade universal obrigatória de 12 anos, que deveria significar mudanças estruturantes ao nível das ofertas formativas, foi suficiente para originar a discussão de propostas que tivessem em consideração esta nova realidade. Esta reorganização curricular foi por isso e tão só uma alteração episódica e voluntarista apenas subsumida a um único objectivo aritmético e de redução de custos. Apesar disso, o SPZC não deixou de manifestar a sua rejeição em relação a algumas das medidas propostas, nomeadamente o fim do par pedagógico em EVT, a eliminação do desdobramento das Ciências da Natureza no 2.º ciclo, a alteração do modelo de desdobramento das Ciências Experimentais no 3.º ciclo, a eliminação da disciplina de formação cívica nos 2.º e 3.º ciclos. O SPZC considera finalmente que uma revisão curricular se constitui como um instrumento de execução de uma ideia de Educação, tendo por base uma concepção de escola e de sociedade, o que imporia, no entendimento do SPZC, conhecer as metas educativas e o perfil de formação dos jovens que se pretende promover e obrigaria a um debate com um tempo e pressupostos que o que ora termina não tinha por objectivo. O SPZC considera, por isso, que mais uma vez se adiou Portugal. Sem uma Educação que responda aos desafios que um mundo em mudança, cada vez mais exigente, coloca a todos os portugueses e aos jovens em particular é o país que fica adiado.
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