Ano letivo abre sob o signo do desinvestimentoSubmitted by editor2 on Sexta, 13/09/2013 - 18:53
Ano letivo abre sob o signo do desinvestimentoMinistério prossegue de forma insensata política economicista. Trata com insensibilidade e desprezo alunos e professores. Aposta na rendição da Educação Pública à mercantilização. Se não se inverter este quadro malsão, várias gerações de jovens e o próprio país verão o futuro hipotecadoNo início de mais um ano letivo, o Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) não pode deixar de denunciar os inúmeros atropelos e violações da lei que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) está a praticar. Para o SPZC, é inadmissível o desprezo com que são tratados alunos e professores por um MEC que olha apenas para os números do défice e para os cortes a fazer na área da Educação. Turmas com um número de alunos e uma diversidade de níveis que nos remete para um tempo em que Portugal tinha uma das maiores taxas de analfabetismo da Europa, só ultrapassados mais de três décadas depois do 25 de Abril, revelam a verdadeira aposta deste Governo no desinvestimento na Educação. A tudo isto acresce a insensibilidade com que os Educadores e Professores são tratados, sem qualquer respeito pela sua vida profissional e pessoal. Vivemos um tempo em que cada vez se exige mais aos Educadores e Professores e em que a Educação e a Formação se assumem como um pilar incontornável para o nosso futuro enquanto país. A indiferença com que o MEC olha para esta área, levará o país, sem dúvida, para um caminho em que todos – Educadores, Professores, Alunos, Pais e portugueses em geral – irão pagar um preço demasiado alto e durante muitas gerações, duma política autista e exclusivamente economicista. Este ano letivo que hoje se inicia é assim o paradigma perfeito da rendição da Educação pública aos interesses do mercantilismo, de uma estratégia que olha para a Educação não como um Direito mas como um Bem, que só alguns podem ter e pagar. O SPZC não pode deixar de neste dia se manifestar fortemente contra estas opções políticas insensatas e retrógradas e continuar-se-á a bater por uma inversão de políticas, que recentrem a Educação e os seus profissionais no que é realmente importante – a Formação dos Jovens e o Futuro de Portugal.
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