Governo desinveste no ensino e na educação
Os anunciados cortes inscritos no Orçamento do Estado para 2011 põe em risco a qualidade do Ensino Público e do Ensino Privado. É mais uma oportunidade perdida que contribuirá ainda mais para o alargar da chaga das baixas qualificações dos portugueses
O Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) considera que a confirmar-se a redução do investimento na educação, quer ao nível do ensino público, quer do ensino privado, previsto no Orçamento de Estado (OE) para 2011, é mais um atentado à Educação que este Governo se apresta para levar a cabo.
E se é verdade que o Governo está profundamente condicionado pelas pressões dos mercados financeiros que o obrigam a ser, por um lado absolutamente realista e por outro extremamente exigente nas prioridades que devem ser prosseguidas nas diversas áreas da decisão política, o SPZC considera que o investimento na área da educação é de primordial importância para o futuro do país e, nessa medida, deveria estar fora da área contraccionista do OE.
O SPZC está absolutamente convencido de que o futuro do nosso país só poderá passar por apostas firmes na qualificação dos portugueses e na qualidade da educação que lhes é oferecida, quer ao nível do sector público quer privado, o que não se compagina com o desinvestimento anunciado.
O SPZC acredita que só o investimento na educação, ou melhor, numa educação de qualidade, se constitui como garantia de futuro e como uma alavanca para sair da crise. Tal só é contudo possível se o sistema educativo contar com profissionais empenhados, reconhecidos e motivados.
Aprestando-se o ME para diminuir ou até extinguir os apoios ao ensino público e privado são muitos os profissionais que irão ter o seu futuro em risco e é concomitantemente a qualidade da Educação que está em causa ao deixar de constituir uma prioridade do investimento do Estado.
Em suma, o que estará em causa é a qualidade da educação e as qualificações profissionais dos portugueses.
O SPZC desde já alerta o ME de que com esta atitude, para além das consequências que a mesma irá ter para a Educação e para os seus profissionais, o país arrisca-se a perder mais uma oportunidade. Ultrapassada que esteja a situação difícil que vivemos, estaremos de novo confrontados com um sistema educativo deficitário e com baixas qualificações.