FNE acusa Governo de números «inconsistentes» e garante «fortíssima» paralisaçãoSubmitted by editor1 on Quinta, 24/11/2011 - 21:53
A Federação Nacional da Educação (FNE) acusou hoje o Governo de apresentar números “inconsistentes” da greve geral e declara que a adesão no setor educacional está a ser “fortíssima”. “A FNE considera que os valores da adesão à greve geral não está inferior à no ano passado, que se situou numa contagem a rondar os 83 por cento”, disse à Lusa a vice-secretária geral daquela federação, Lucinda Dâmaso, adiantando que a paralisação de hoje demonstra bem o “desagrado” dos professores às políticas do Governo. A taxa de adesão à greve geral na Administração Pública era de apenas 3,6 por cento às 11:30 horas segundo dados divulgados pelo Governo. A FNE afirma que os números são “bem diferentes dos apresentados pelo Governo” e acrescenta que a “contagem apresentada hoje pela DGAEP sobre os números de adesão à greve geral não têm consistência”, lê-se num comunicado de imprensa enviado à comunicação social. “Até ao final da manhã registamos um fortíssimo nível de adesão à greve, que se traduziu em centenas de escolas encerradas e uma adesão em massa de professores, técnicos superiores, assistentes técnicos, assistentes operacionais e educadores”, reitera a FNE, referindo que essa realidade que foi testemunhada por diversas famílias que “encontraram encerradas as portas de centenas de escolas de diversos pontos do país”. A FNE acrescenta que o “forte impacto desta greve” também se registou ao nível do Ensino Superior. A greve geral convocada para hoje em Portugal pela CGTP e UGT, para protestar contra as medidas de austeridade decretadas pelo governo, está a “registar forte adesão”, de acordo com informações transmitidas pelas duas centrais sindicais. Nos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto, autocarros e metropolitanos estão praticamente paralisados, havendo também fortes constrangimentos nas ligações ferroviárias a nível do país. Além das escolas, os efeitos da greve geral, a segunda conjunta convocada por CGTP e UGT, estão também a fazer-se sentir junto dos transportes, hospitais e centros de saúde, tribunais, autarquias e outras repartições do Estado, afetando ainda alguns setores privados, em especial na indústria. CCM. Lusa/Fim
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