Exames nacionais não contribuem para a melhoria do processo educativoSubmitted by admin on Sábado, 21/11/2015 - 22:49
Exames nacionais não contribuem para a melhoria do processo educativoO fim à vista das provas revela-se uma medida justa e importante e é uma forma de eliminar penalizações que em nada contribuem para uma escola que se quer inclusiva e de sucesso O Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) saúda a iniciativa agendada na Assembleia da República (AR) que visa terminar com os exames do 4.º ano e que perspetiva também a possibilidade do fim dos exames do 6.º ano. Sem embargo da legitimidade que o SPZC reconhece à AR, continuará empenhado em sede de negociação em alterar todas as medidas que resultaram de atitudes prepotentes de anteriores poderes executivos e que afetaram de forma inaceitável a qualidade da educação e das condições de trabalho dos Educadores e Professores. O SPZC sempre se manifestou contra a opção educativa centrada na realização de exames nacionais como forma de aferir as competências dos alunos, que para além de afetar o normal funcionamento das escolas, mais não conseguiu do que introduzir fatores de instabilidade pessoal quer ao nível de professores quer dos alunos. O SPZC espera por isso que esta medida venha a ser aprovada e, em oposição a uma cultura avaliativa e a um ensino virado para rankings fundados nos resultados obtidos em provas nacionais, se aposte num ensino que privilegie a diferença e a necessidade de sucesso através dum apoio mais individualizado. Os alunos e as famílias merecem esse respeito pelo esforço que desenvolvem e não merecem ser objeto de penalização por notas negativas ou “chumbos” em exames nacionais. O SPZC reitera o que de há muito vem afirmando: em Portugal não há professores a mais, mas respostas educativas a menos. O SPZC bater-se-á por isso em sede de negociação pela adoção de medidas que visem a efetiva melhoria da qualidade da educação e dos resultados dos nossos alunos. Com essa opção deixaremos de estar de uma vez por todas a trabalhar para rankings, mas sim empenhados na melhoria da qualidade das aprendizagens. Coimbra, 21 de novembro de 2015
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