Primeiro-ministro quer que país se mantenha empobrecidoSubmitted by editor2 on Quinta, 30/10/2014 - 23:27
Primeiro-ministro quer que país se mantenha empobrecidoO SPZC está indignado com a possibilidade de haver mais cortes em 2016. Passos Coelho continua a ser forte com os fracos e frouxo com os poderososO Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) quer manifestar a sua mais profunda indignação pelas afirmações do primeiro-ministro hoje na AR, de que proporá de novo, caso seja reeleito, a reversão salarial dos vencimentos dos funcionários públicos em 20 cento no ano de 2016. Esta afirmação revela as opções claras de um governante cujo objectivo foi sempre de esmagar os rendimentos dos trabalhadores da Administração Pública e dos docentes em particular. Para o SPZC esta manifestação de vontade não espanta, vinda de quem nunca revelou ao longo deste mandato qualquer sensibilidade para reconhecer as dificuldades que todos os portugueses que têm vindo a sentir pela política de empobrecimento do país. Aliás, há uns portugueses que são mais portugueses do que outros. Uns estão constantemente a ser ameaçados nos seus direitos e salários e a ver os orçamentos dos seus Ministérios a sofrerem cortes. Outros, só vêm os orçamentos aumentarem. Este orçamento não é diferente e não deixa dúvidas. Basta analisar a variação dos orçamentos dos órgãos de soberania relativamente a 2014. Todos aumentam. No caso da Assembleia da República o aumento, e não é o maior, é de 7,65 por cento. Pedro Passos Coelho sempre revelou ao longo deste mandato ser forte com os fracos. Com os fortes e poderosos, conforme ficou demonstrado ao longo deste mandato, o seu poder foi sempre frouxo. Ora, um Portugal que apenas pode recorrer à sua inteligência e à formação da sua população para poder competir com os seus parceiros na senda internacional, não precisava desta determinação do primeiro-ministro para 2016. Contrariamente ao corte previsto em 2015 na Educação de mais de 13 por cento e das ameaças de reduzir os salários dos docentes em 2016, o que Portugal precisava era de um primeiro-ministro preocupado com o futuro do país e não como pode “extorquir” mais uns milhões aos funcionários públicos e no caso concreto aos docentes. O SPZC não pode deixar de contestar esta opção política e não deixará de por todos os meios denunciar as decisões governamentais cujas consequências para Portugal e para os portugueses se revelarão a curto prazo catastróficas. O desinvestimento da Educação vai ser pago com um preço muito elevado e infelizmente quem o vai pagar são os mesmos a quem agora já pensam em empobrecer ainda mais em 2016.
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