OE2017: Secretário-geral da FNE diz que setor está desconfortável com o orçamentoSubmitted by admin on Sexta, 04/11/2016 - 11:11
OE2017: Secretário-geral da FNE diz que setor está desconfortável com o orçamento
2016-11-03
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, afirmou hoje, nos Açores, que o Orçamento do Estado para 2017 deixa o setor desconfortável relativamente às perspetivas de mais qualidade e valorização dos profissionais.
"O Orçamento do Estado deixa-nos desconfortáveis relativamente aquilo que são as perspetivas de mais qualidade e valorização dos profissionais da Educação", disse João Dias da Silva aos jornalistas, no âmbito da reunião mensal do secretariado nacional da federação, que decorre hoje em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. O orçamento para o ensino básico, secundário e administração escolar previsto para 2017 diminui 169,5 milhões de euros em relação às verbas que o Estado estima gastar este ano, segundo dados do Ministério das Finanças. Com a atual proposta de Orçamento de Estado para o setor da Educação, João Dias da Silva considerou que "infelizmente ainda não é desta vez que se concretiza o direito dos professores e trabalhadores não docentes a terem descongelada a sua carreira", fazendo com que "por mais um ano estes trabalhadores não vejam que haja do ponto de vista salarial o reconhecimento e valorização que lhes deve ser assegurada". "Aquilo que queremos é que o Orçamento da Educação tenha recursos que permitam fazer com que as nossas escolas possam ser melhores, que a promoção do sucesso escolar esteja na primeira linha e que os professores e trabalhadores não docentes tenham direito a formação contínua para o desenvolvimento da sua atividade profissional", defendeu o secretário-geral da FNE. Para João Dias da Silva as verbas do Orçamento do Estado para o setor "são insuficientes em determinadas matérias, mesmo naquilo que é estratégico para o país", apontando o caso do pré-escolar, "que tem previsto apenas o crescimento de mais 100 salas". Quanto ao início das negociações para o novo diploma de concursos de professores, agendado para o final de novembro com o Ministério da Educação, o secretário-geral da FNE considerou ser "muito tarde". "Parece-nos que é muito tarde começar o processo de negociação só a 30 de novembro, até porque este processo vai depois coincidir com o período de Natal e passagem de ano e é fundamental na negociação que possa haver participação dos professores", referiu João Dias da Silva. No encontro de hoje da FNE, em Ponta Delgada, têm assento membros de sete sindicatos de professores e três sindicatos de não docentes.
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